Isso também acontece com você, não é?

Porque ficamos tão felizes e aliviados quando estamos conversando com alguém e contamos alguma coisa que aconteceu ou que pensamos ou sentimos, e ficamos tão aliviados , geralmente até sorrimos quando a outra pessoa fala que com ela também acontece isso, ou que ela também pensa assim? Porque sentimos essa surpresa, de ver que com o outro também acontece as mesmas coisa que com a gente?

Eu acredito que apesar de acharmos que estamos sozinhos com nossos pensamentos, que o que pensamos é produto única e exclusivamente do nossa cabeça e experiência de vida, fazemos parte de uma coletividade, temos família, escola, trabalho , amigos, e nesse sentimento de alivio e surpresa quando reconhecemos no outro o mesmo que acontece com a gente, nos sentimos acolhidos, é como se mesmo que inconscientemente tivéssemos a percepção que estamos dentro, que somos normais. Nós gostamos da sensação de estarmos dentro do padrão, é reconfortante, traz calma, alivio

Por isso não fique envergonhado quando acaba energia ou  você fica num lugar completamente escuro e começa logo a imaginar que um bicho feio vai aparecer.. que tem alguma coisa se mexendo.. Imaginamos que só a gente tem medo do escuro, mas na verdade quase todos têm.

Ou quando alguém fala: preciso conversar com você.. Quem não fica com o coração acelerado? Aposto que você fica.

E quando você vê um chinelo virado com a sola pra cima, pode até não desvirar, mas que dá uma vontade.. um medinho…

Não se preocupe, você não está sozinho…Isso também acontece com você, não é?

Bullying: Levante a mão quem nunca sofreu

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Todos sabemos que o bullying é uma violência psicológica que causa danos extensos em quem recebe. Hoje se fala muito a respeito, é estudado o quão extensos são os prejuízos causados por ele. Algumas pessoas tem cicatrizes tão profundas em seu psíquico que não conseguem nem falar a respeito,  aquilo entra tão fundo em sua mente, a pessoa fica tão abalada,  que é como se ela passasse a acreditar que ela é aquilo mesmo de que foi taxada. É um assunto tão sério que a partir de 2013 foi reconhecido como crime. Praticamente todo mundo já sofreu esse tipo de agressão em algum momento da vida, extrapolando os muros das escolas onde é mais comum esse comportamento acontecer e ser identificado. Mas uma pergunta que não é freqüentemente respondida é: E quanto a quem faz o bullying, porque faz? Tem consciência do que está fazendo? Qual a motivação?

Lendo a respeito descobri que podem ter varias explicações. Uma é que o sujeito que pratica o bullying, faz isso para sentir-se poderoso, para obter um boa imagem para si mesmo, é uma pessoa que pode ter sofrido violência em casa ou do meio onde vive, não sabe lidar com a raiva e as frustrações a que é submetido. Pensar que o outro vai sofrer com a humilhação, com a depreciação, não é motivo para fazê-lo parar de agir, ele identifica o sujeito que está em estado vulnerável, seja o aluno novato, o mais inteligente, o tímido, enfim, o que seja diferente (segundo os padrões do agressor) e a partir de então começa a agredi-lo verbalmente, as vezes fisicamente. Geralmente quando é identificado que uma criança sofre bullying, seja na escola ou em outro aspecto de sua vida, a tendência é afastá-la da convivência do agressor . Isso até resolve o problema de uma das partes, mas se o agressor não receber tratamento, a tendência é que ele aja assim para o resto da vida, e afastado um agredido, outro logo tomará o seu lugar.

Quando há um agredido e há um agressor, esse agressor só se realiza porque há um espectador vendo tudo, afinal para que o praticante do bullying se sinta poderoso e superior, precisa que alguém esteja vendo, por isso que ocorre em publico e não de forma privada. E porque geralmente quem está olhando fica impassível, não sai em defesa de quem está recebendo a humilhação ou mesmo a agressão física? Esse comportamento também pode ter muitas explicações, mas geralmente é por medo de ser o próximo alvo, ou ser notado pelo agressor, ser excluído do grupo, não saber o que fazer, achar que não tem nada a ver com a situação, que é melhor não se envolver.

Essa pratica pode ocorrer em todos os meios e classes sociais é um problema generalizado. O bullying é um problema antigo, nossos avós sofreram com isso, mas ele não tinha um nome. O que mudou então, o que fez o assunto ser  hoje tão falado, discutido, entendido, estudado? Acredito que hoje as pessoas estão entendendo que o problema que afeta um ser humano, sua subjetividade,não é individual, sua dor, seu sofrimento não é apenas dele, o que afeta uma pessoa, afeta sua família, sua escola, sua empresa, seus parentes. O lado bom disso tudo é que hoje temos consciência desse problema, não aceitamos mais, sabemos que é errado, e estamos na tentativa de mudar esse comportamento tão ruim. Quando uma escola, uma empresa, ou em qualquer contexto que seja,  identifica essa prática,  ninguém vira mais o rosto e finge que não está vendo, e esse é um ótimo indicio que as coisas vão mudar. Na verdade ainda há um longo caminho, mas já começou a mudar.

Como melhorar a sua memória e seu aprendizado em pouco tempo

Sabe quando  não lembramos  o que comemos ontem no almoço ?

Então, tem uma explicação pra isso. O Nosso cérebro está  constantemente recebendo  informações, sons, cheiros.. e tudo que nós ouvimos, lemos, aprendemos  ou sentimos ao longo do dia, ficam armazenados na memória de curto prazo e sua função é essa mesma, armazenar as informações por algumas horas e depois, se ela não for importante , é apagada.

Sabe aquele texto que você lê um dia antes da prova, com tanto empenho? ele tem tanta importância pro seu cérebro quanto decorar uma bula de remédio…  tem coisas que achamos que é importante e mesmo assim esquecemos.. por que?

É o seguinte, um psicólogo alemão  que estudava a memória, percebeu que tudo que aprendemos e não é considerado relevante, é apagado através de um processo  que ele chamou  de curva do esquecimento.  Se você lê um texto uma única vez, dentro de 6 dias, você lembrará no máximo 5% dele. Essa é uma média, já que cada pessoa é única.

Entao o que fazer se você quer, precisa ou tenta muito aprender alguma coisa e não consegue?

Tcharam. É com muito prazer que apresento o Sistema de repetição espaçado (SRS) que é um sistema desenvolvido para que a curva do esquecimento trabalhe a nosso favor, e a partir de revisões do que se quer aprender, as  informações que estão na sua memória de curto prazo, que é a memória que guarda as informações por apenas algumas horas, passe para a memória de longo prazo, que guarda as memórias para o resto da sua vida! É o mais legal é que hoje existem muitos programas super simples e gratuitos que fazem isso automaticamente, é só você colocar as informações nele e ele através de algoritmos determina os dias e a quantidade de coisas a ser estudado. parece complicado mas é MUITO simples. Estou usando e amando o ANKI (clique no link e baixe gratuitamente no seu celular ou computador)

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O Anki usa o método de Aprendizado  por repetição espaçado, que é nada mais que ir inserindo as informações na sua memória de longo prazo, um pouquinho por dia, sem sofrimento! Parece bom demais? Então teste!

No vídeo abaixo tem um poquinho mais sobre esse programa, e é como se você trocasse um fusca por uma Ferrari na hora de estudar e aprender!

Com o Anki você estuda pra prova na faculdade, pro vestibular,  línguas, concursos, cursos, pra decorar alguma coisa,  enfim.. na internet você acha vários tutoriais e muita informação a respeito, mas ele é extremamente fácil de usar,  baixe, teste e coloque sua memória pra funcionar!

Aliás o que você comeu ontem no almoço?

Uma nota sobre autoestima

Esses posts que tenho escrito são baseados em minhas percepções e coisas que estou lendo e aprendendo, e fico tão fascinada a cada dia que gostaria que mais pessoas soubessem a respeito. Eu sempre ouço as pessoas falando a respeito de autoestima, ou baixa autoestima, e nunca parei realmente pra pensar a respeito de onde vem e o que realmente é isso. Até hoje.

Porque tantas pessoas aparentemente bem sucedidas, bonitas, com bons relacionamentos, sofrem com uma frustração constante interna, ficam mal quando ouve um não ou uma crítica, não sabem lidar com suas inseguranças e medos?

É o seguinte, isso tudo pode ter a ver com  a autoestima, que pode ser definida como a valorização que uma pessoa dá para si mesma, para suas ideias, pensamentos.. Ela é formada ainda na infância, e quando recebemos proteção, cuidados, confiança, segurança, elogios, isso vai refletir num adulto confiante.

Quando a criança é constantemente criticada, ou não é elogiada, incentivada, valorizada, isso vai marcando seu caráter, e muito provavelmente quando adulto vai ser uma pessoa que se sente desvalorizada, desmotivada, com sentimento de inferioridade.

Se você sofre de baixa autoestima, muito provavelmente ouviu muitas coisas negativas desde criança e infelizmente não temos como mudar esse passado e desejar que os pais, familiares ou a sociedade tivessem agido de forma diferente, isso não leva a lugar nenhum, e provavelmente eles agiram assim porque também receberam esse tratamento.

Todos nós temos algum problema com a autoestima, mas agora como adultos dá para mudar nossas relações, podemos assumir a responsabilidade para mudar o que queremos. O problema é que às vezes a pessoa está tão acostumada a se auto sabotar, a passar por cima das suas vontades e interesses, ser submissa, não conseguir dizer não,que acha que as coisas são assim porque ela é assim e pronto.

Mas não é. Todo comportamento que temos tem uma explicação por trás.

Sentimento de insegurança, pouca ou nenhuma autoconfiança, excesso de autocrítica Intolerância à frustração, dificuldade em aceitar elogios, Sentimento crônico de insatisfação, sentimento de inferioridade, necessidade de aprovação, ouvir um não e se sentir mal.. São alguns dos sinais relacionados à esse sentimento.

Apesar de ser construída durante a infância, a auto estima pode ser tratada e recuperada em qualquer fase da vida. Busque o autoconhecimento, identifique o que te deixa feliz, motivado e saia do modo automático de viver a vida.

Aprendendo com Mapas Mentais

Desde criança o psicólogo, escritor e professor inglês  Tony Buzan, era fascinado por leitura, tomar notas e aprender, porém quando chegou na adolescência e depois na faculdade, começou a ficar confuso na hora de transcrever para o caderno o que aprendia. Então aos poucos percebeu que quanto mais anotava, pior ficava sua memória, e a partir dessa percepção, começou a modificar a forma como fazia isso. Ao invés de anotar tudo de forma linear, passou a usar canetas marcadoras em vermelho ou coloridas, palavras chaves, escrever o que era importante dentro de um quadrinho, fazer desenhos, associações e aí como por mágica sua memória começou a melhorar. Isso tudo aconteceu em seu primeiro ano da faculdade, e ele ficou fascinado pelo assunto e começou a pesquisar a respeito e descobriu que os gregos já faziam isso há muito tempo, conseguiam memorizar milhares de informações usando o mesmo método que ele estava usando, baseado na imaginação e na associação de ideias. Descobriu também usando a observação de suas anotações que alguns gênios, incluindo Leonardo da Vinci, Einstein, Isaac Newton  usava imagens, códigos, desenhos, listas, traços, números e palavras , dando vida aos rabiscos e pensamentos criativo que tinham.

Dessa breve historia introdutória e de mais pesquisas a respeito nasce o MAPA MENTAL.

Todos nós temos por hábito tomar notas de forma passiva. Anotamos o que escrevemos e depois temos que estudar, porque não gravamos nada em nossa memória, e a beleza de fazer um mapa mental, é que você utiliza conexões dos dois lados do cérebro e vai criando palavras que dão sentido à anotação e depois fica fácil para o seu cérebro conectar as informações.

Você desenha a informação, destacando o que é mais importante, e vai colorindo, preenchendo com as palavras chaves, claro, desde que você entenda o que está sendo ensinado, assim seu cérebro vai fazendo conexões e contando a história, sem precisar que você escreva palavra por palavra.

Segundo Tony Buzan, um mapa mental é a maneira mais fácil de Introduzir e de Extrair informações no seu cérebro.

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Você pode utilizar um mapa mental para estudar para o vestibular, para concursos, anotar recados importantes, fazer resumos de livros, anotações em sala de aula, inúmeras possibilidades.

Existem alguns softwares gratuitos especializados para fazer o Mapa Mental,  que você pode baixar em seu computador e também no celular, entre eles: Freemind, o Simplemind ( eu uso esse, acho bem fácil) e o iThought.

Essa é apenas uma introdução sobre essa ferramenta. Na internet tem bastante coisa a respeito, tem livros também ensinado como fazer mapas bem eficientes, mas o conceito é bem simples e acho que quanto mais simples e claras ficarem suas ideias,  mais fácil de aprender.

Por que você reclama e pelo que sente gratidão?

Hoje em dia é muito comum as pessoas reclamarem de tudo, ainda mais agora num período de crise, tudo vira motivo: o governo, a falta de água, o calor, o vizinho, o marido, a falta de emprego, enfim.

Mas o que nos faz reclamar? O que está por traz do ato de usarmos o ato de reclamar até mesmo como forma de socializar? Porque é a forma mais comum de puxar assunto numa fila de banco ou numa espera qualquer, por exemplo:

-Está calor hoje né?

– Sim, e o ar condicionado daqui não dá conta, e essa demora no atendimento…

E pronto, engatilhou-se uma conversa baseada na reclamação..

Uma vez eu li que o ato de reclamar é desenvolvido desde que nos éramos crianças, porque quando criança, chorando consegue-se o que se precisa: comida, atenção, fraldas limpas..

Quando maiorzinho, o choro é muito incômodo e faz-se de tudo para cessá-lo o mais rápido possível, e assim seguimos tentando influenciar o próximo a concordar com nossas vontades, mas aí quando ficamos adultos, não podemos fazer uma “birra,” ou começar a chorar na frente de outras pessoas por qualquer frustração, insatisfação… Então reclamamos!

A reclamação nada mais é que um choro disfarçado, variando de intensidade ou objetivo e também da proximidade das pessoas que ouvem. A reclamação é diferente de filho pra pai, pro professor, pro chefe.. Mas é sempre incomodo.

Estamos tão habituados que até vira parte do nosso dia.. Difícil passar um dia sem reclamar.

Acredito que fazemos isso de forma inconsciente .. Assim como não temos consciência da roupa , ou melhor do peso da roupa, do aperto do sapato, da aliança no dedo, do óculos no rosto. E com a reclamação pode ser assim também. Uma professora nos desafiou a ficarmos uma semana sem reclamar, e no começo foi bem difícil, porem passado alguns dias vai ficando mais fácil, e toda vez que você fica consciente de algo fica mais fácil de modificá-lo . Dá pra prestarmos atenção e tentar tira-lo da nossa vida!

Que tal trocar esse hábito por um ato bem mais nobre? O de agradecer!   Vejam esse vídeo que interessante, e Isso é explicado cientificamente.

Você sabe estudar?

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No primeiro semestre de 2015 eu fui muito bem nas provas da faculdade, porém se a prova vale 10 e é uma avaliação do  conhecimento que eu adquiri, tirar uma nota digamos 6, significam  várias coisas.. há aqueles que ficam felizes por terem passado e não os recrimino porque eu também já fiquei muito feliz  por ter tirado uma nota suficiente para seguir para o próximo passo, porém como agora estou em outro contexto, estou estudando por prazer, quero aprender de verdade, e de forma duradoura, comecei a ler a respeito, e descobri algumas ferramentas que gostaria de compartilhar para tornar mais fácil e prazeroso o processo de aprender, porque aprender alguma coisa nova quando você quer, dá uma sensação muito boa de prazer, de alegria.

Quando você estuda para uma prova na faculdade por exemplo e não tira a nota que queria, tudo bem porque você vai ter chance de aprender com seu erro, talvez até aprenda de forma mais efetiva, porém e se o teste for para passar num concurso, ou numa prova em que sua pontuação vai pesar para determinar sua colocação, é super  interessante ter conhecimento de ferramentas que podem te ajudar a fazer a diferença.

Durante as férias de julho, comprei um livro muito bom que me ajudou bastante: Você sabe estudar? Quem sabe, estuda menos e aprende mais, do Claudio de Moura Castro, editora Penso,2015.

Esse livro é bem fácil e gostoso de ler. Com bastante exemplos ele ensina como  aprender a estudar, eu gostei muito do que li. Ele dá dicas de como organizar e administrar seu tempo, técnicas para não esquecer o que já foi aprendido, como ler um livro ou um texto acadêmico de forma ativa, mas para mim a principal ferramenta que esse livro me forneceu  que eu não conhecia e agora faz parte do meu repertório é o Mapa Mental.

vou falar sobre ele em um  próximo post.