Uma nota sobre a Depressão

depressão

Parece  que hoje vivemos uma epidemia de Depressão, nunca ouviu-se falar tanto sobre essa doença e o quanto ela está presente em todos os lugares. Facilmente você conversa com uma pessoa e ela já passou ou conhece alguém que esteve ou está com essa doença.

Dados da OMS ( Organização mundial de saúde) estimam que hoje, no mundo, 350 milhões de pessoas vivam com depressão e até 2030 será a doença mais comum no mundo.

E são vários motivos que contribuem para esse numero assustador. Graças a Deus que muito já mudou,  inclusive o próprio diagnóstico, porque hoje  faz-se  o diagnostico de forma mais rápida e precisa a  as pessoas tem acesso ao tratamento.

Até pouco tempo atrás as pessoas sofriam e eram rotuladas de preguiçosas, fracas, incapazes, e as vezes a própria pessoa que estava doente acreditava nisso e não buscava ajuda.

Além da intensidade, há tipos de depressões diferentes. Na depressão associada a melancolia a  pessoa não reage e  geralmente os sintomas são  piores pela manhã e melhoram ao longo do dia. Outro tipo é a depressão típica, que geralmente está associada a ansiedade, a pessoa apresenta perda de apetite, insônia e sintomas de ansiedade. Há ainda a depressão atípica em que o paciente demonstra perda de energia, sonolência excessiva e aumento de apetite.

Porque esse aumento tão enorme de casos de depressão? lembrando que tristeza não é doença, pode-se perder um ente querido, passar por uma situação difícil na vida, perder o emprego, terminar um relacionamento,  e sentir tristeza. Tristeza  é um sentimento normal do ser humano, mas ela passa, ameniza-se com o passar do tempo, e na depressão, a dor não passa, tarefas que antes davam alegria se tornam impossíveis de serem realizadas, e nem sempre há uma causa especifica ou um motivo aparente para o surgimento dessa doença.

Outros fatores como o excesso de  informações, a tecnologia que muda de forma tão rápida e a sensação de não ser capaz de acompanhar  assusta muito, principalmente  os mais idosos ou os que não tem aptidão para lidar com tanta informação, a impressão é de estar perdendo alguma coisa, estar de fora, não fazer parte, e isso causa tristeza e angústia.  Outro fator é a sensação de estar sozinho, de não não fazer parte de um grupo, tanto que os picos de depressão estão nesses grupos mais solitários: solteiros, divorciados e viúvos. O stress causado pela vida agitada e competitiva e os fatores genéticos e bioquímicos como as alterações hormonais, sobretudo nas mulheres são alguns dos fatores que explicam essa epidemia

O lado bom disso tudo, se é que há um lado bom, é que hoje conhece-se a dimensão de todo esse sofrimento, há muita pesquisa, muita informação disponível, as pessoas estão cada dia mais conscientes de que é uma doença e precisa ser tratada como tal, há recursos médicos, farmacológicos e terapêuticos e isso já é um avanço para tentar conhecer os meandros dessa doença silenciosa e formas de detê-la e curá-la.

Fontes: bvs-psi.org; IMS Health

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